Matemática e Síndrome de Down
Tese de doutorado:
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Debate: Educação inclusiva e alfabetização matemática no ciclo de alfabetização Revista: Educação inclusiva e alfabetização matemática no ciclo de alfabetização
Quadro atual
Não existem muitas pesquisas de Educação Matemática nessa área. As pesquisas encontradas são em sua maioria da Inglaterra e Espanha, e elas geralmente falam sobre resultados comparativos, como por exemplo, crianças com síndrome de down aprendem numa velocidade muito menor que crianças sem a síndrome, ou então sobre as limitações físicas e cognitivas que influenciam negativamente no aprendizado.
De acordo com Buckley (2007), as habilidades numéricas são mais difíceis do que as habilidades linguísticas, mas não se sabe ainda o por quê. Na Inglaterra existem resultados interessantes com um material didático, que tem seu próprio método, chamado Numicon. Segundo Nye (2005), as crianças que o utilizaram tiveram resultados 17% maior em relação às que não o utilizaram. Existem outros materiais multissensoriais, que têm estruturas diferentes das do Numicon, e são tão importantes quanto para o desenvolvimento de outras áreas da Matemática. Por exemplo, o Material Dourado para entender o Sistema de Numeração Decimal, os decimais, e as Réguas de Cuisinaire.
Já é comprovado que a memória de trabalho das crianças com síndrome de down é menor. Segundo pesquisadores, crianças que têm uma memória de trabalho pouco eficiente têm dificuldades em Matemática. E a recíproca também e verdadeira, crianças que são pouco habilidosas em Matemática têm problemas com memória de trabalho. E mais, indivíduos sem dificuldades em Matemática tiveram melhor desempenho em atividades de memória de curto prazo verbal e viso-espacial. E o mais interessante, o desempenho das memórias de curto prazo verbal e viso-espacial, detectadas nos participantes, prevêem o seu desempenho nas habilidades matemáticas.
Jogos que estimulam a memória de trabalho podem ser interessantes, e é importante que se trabalhe a Matemática de uma forma constante, com materiais multissensoriais, para criar uma base sólida de conhecimento para uma maior autonomia. A aprendizagem da Matemática, com significado, não pode ter "buracos" conceituais. Ou seja, para se conseguir somar é preciso saber o conceito de número, para se aprender a multiplicação é necessário (mas não suficiente) saber somar, para se entender frações é necessário (mas não suficiente) entender divisão e seus vários aspectos, e assim por diante. Para se entender as propriedades do triângulo é desejado que se vivencie o maior número possível de experiências com triângulos (de papel, de madeira, com canudos, em construções, em Geometria Dinâmica, etc).
Um caso de Sucesso
Este artigo descreve o excelente progresso de Katrina, uma menina com Síndrome de Down de 10 anos. Mas seus pais deixam bem claro que para chegar a este nível de competência exigiu-se muitas horas de dedicação e prática para consolidar o sua aprendizagem.
Atendimento individual
O atendimento individualizado é também importante para o desenvolvimento cognitivo das crianças com deficiências congnitivas, pois o profissional pode diagnosticar mais facilmente quais são as reais dificuldades do aluno, e assim, desenvolver atividades específicas para superar tais dificuldades e auxiliar a criança na aquisição de novos conceitos.
Profissional
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Secretaria de Educação Especial (MEC):
NOVA ESCOLA: Tudo sobre Matemática do 1o ao 5o ano:
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